A moça se arrasta no chão, andando,
Corre nas veias o veneno do escorpião.
Do telhado, grita pro mundo:
"Enquanto podem, vivam o pecado"
Pulam os ratos, fazem a festa.
Não haviam lá os escritores, pacatos,
Prontos para mais uma história de terror
Não vivenciado, insensato.
E a cor da mão do pecador, feliz,
Continua sendo a mesma daquele
Que não está lá, seria ele?
O responsável pelo pior dos erros?
Aquele que morre gritando, viveu.
Calado, não soube se expressar,
E em um som estridente, calou-se.
E a poesia fez-se do fim.
E o espelho quebra sem medir
Mechas do que foram um todo, agora.
Pedaços de um só inteiro partido,
Várias versões de um só eu fingido.
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