Enquanto vem a solidão, tosca
A cama faz-se amiga exclusiva
O sono pesa o pensamento feito
Que logo deixa de incomodar
Goteira na mente suja, esgoto
Apodrece o bom e suja mais o podre
Começa em cima e faz fim no chão
Sozinho ele volta a chorar
Come na lama e pensa ser feliz
Enquanto poucos outros bons lamentam
Arreda o facho de lugar legal
Sossega tudo que é questionamento
Fecha a mente pra coisa ruim
Forja a força que jamais teve
Vai além do que jamais foi
E volta sem saber onde esteve
Pouco que se faz muito; errado
Muito que se faz pouco; sagaz
Mas pouco que aceita o lugar que tem
Nada mais é do que a obrigação que faz
Nenhum comentário:
Postar um comentário