Se tua volúpia
não me suplicasse carícias,
se teus cheiros
não me afogassem a decência,
se a escuridão dos teus cabelos
não me fizesse mergulhar
na negrura de meus pensamentos,
se teus vermelho-lábios
não me acelerassem o débil peito,
se tua branca pele
não cultivasse a minha luz,
se tuas delicadas unhas
arranhassem minhas costas
como tua ausência me arranha,
se tua rouca voz
pertencesse aos meus ouvidos
como meus olhos
pertencem hoje à tua imagem,
seria eu
enfim feliz?
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