Deixa-me arrancar de mim
essas raízes secas
de minhas vontades sórdidas
e das matrizes pútridas
antes que tuas labaredas
atinjam minhas novas mudas
que, tolas, cresceram túrgidas
sem tuas verdades tóxicas.
arrancas de mim minhas folhas
meus escrivos, minh'essência;
que te fez pensar que a ausência
dá frutos melhores que a dor?
acabe-me de vez por todas
ou deixe que eu me plante em paz
mas não me devore em miúdos
eu já vos paguei demais.
Eu sou o senhor do orvalho
e nada me faltará.
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