terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Completo.
Sinto que parte da minha essência padeceu ao teu olhar. Meu corpo se desfez em vários com o teu cantar, e a vida finalmente fez sentido... Então estou te deixando, pois encontrei o que a raça humana procura, e não tenho por que viver. Não tenho por que morrer, mas morrerei, pois não há outro jeito, senão esse, de acabar com esse lamento, que é ver a vida ser boa e gentil. Se não tenho sofrimento, quem sou eu, senão ninguém? Quão finito é meu conhecimento, se já sei tudo que quis aprender? A morte, por outro lado, tem outra história, ainda mais curiosa. Se eu voltar, será em despedida. Se eu ficar lá, será porque me apaixonei pelo nada que me espera. De qualquer jeito, não temam o fim como eu temi; temam a falta dele, pois essa falta é pior do que a vida em si.
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