segunda-feira, 13 de junho de 2016
existencialismo antissocial
Pergunto-me se minha aflição é justificável, mas não consigo compreender todas as respostas que se apresentam. Tudo na minha cabeça é, de certa forma, confuso. Passo a maior parte do tempo sedado em frente a telas brilhantes com entretenimentos infinitos e ofertas imperdíveis. Cada passo é dado automaticamente e, de um dia pro outro, passam-se meses ou anos. Preciso que alguém me acorde desse vazio que se tornou o mundo, mas, ao mesmo tempo, não quero acordar. Não quero ser o único ciente do entorpecimento coletivo que afunda cada vez mais a nossa empatia. O sofrimento alheio não nos causa dor, a injustiça não pesa, o que nos tornamos? O que eu me tornei ao deixar acontecer? Será que quero descobrir?
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