quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Prólogo.

Muito prazer.
Eu ainda não nasci.
Não sei meu nome
Nem meu endereço.
Não posso te dizer
De onde vim,
Porque nunca vim
De lugar algum.
Não sei diferenciar
O claro do escuro,
Nem o bom do mau.
Tenho minhas ideias,
Ou algo do gênero,
Mas prefiro não dizer
E esperar pra ver.
Do pouco que vivi
Ainda não sei se penso.
E do pouco que acho
Que penso,
Não sei se faço sentido.
Mas deve levar em consideração que:
Eu nunca vi ninguém pensar.
É horrível considerar
Por um breve momento
A possibilidade,
Mas eu tenho
Uma pergunta pra te fazer:
E se eu te dissesse que
Você também não nasceu?

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