quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Vou parar de tragar nós dois.

Cá estou eu de novo. Ainda não terminei minhas tarefas diárias da semana passada, mas também não te superei. Estou há três dias sem chorar e quatro minutos sem sorrir. Vendo assim, até acho que estou bem. Queria tomar um banho de chuva pra lavar nós dois, mas será que preciso? O cheiro do teu perfume no meu travesseiro é confortável e reconfortante. Mas não me leve a mal, você não move a minha vida. Eu marco o tempo com paixões como você, eventualmente eu vou parar de tragar nós dois e fazer algo interessante. É cedo demais pra dizer, mas acredito que essa tenha sido a última vez pra mim. Amar é sempre formidável – apaixonar-me, por outro lado, nem tanto. Esse cigarro que eu fumo também é meu último, mas ainda haverão muitos outros últimos dele. Tenho lido aquele teu livro que nunca te devolvi e sempre coloco as tuas roupas pra lavar, por mais limpas que elas estejam. Aos poucos, eu vou desbotar nós dois na marra e não tem nada de muito especial nisso tudo. O tempo sempre passa – e passa de uma forma engraçada! No passado, você foi meu futuro. No presente, você é meu passado. O que será que resta de você pro meu futuro? Talvez alguma lembrança dessas tuas roupas manchadas, talvez nem essas. O livro?

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