quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mortal.

Ao enxergar a existência da mortalidade, a mortalidade me enxerga.
Deixa de ser apenas uma ideia abstrata e vem a ser um individual, que me tem tão claramente quanto a tenho. Seus olhos de perversidade, suas religiosas garras, seu bafo de vinho barato. Viva, faz comigo o que executava como ideia: destrói tudo de bom ao meu redor e deixa meu interior por ultimo; penetra em meu peito, dilacerando meus órgãos com a escuridão, deixando o vazio se embebedar de saudade.

Não me lembro da última vez que sorri.
É uma pena que o sorriso também tenha se esquecido de mim.

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