domingo, 24 de novembro de 2013

Teu.

Tua alma se espelha em minha cor, se espelha em meu perdão. Tuas mãos, frias e macias, trazem a dor que guardo de tantos meses, tantas vidas. Toda a presença que não é tua me envenena, toda lembrança que guardo de outros me destrói por me afastar de ti. Aos poucos, deixo o que fui para me tornar o que pareço ser: frio, insípido, oco. Não sei por quanto tempo o coração vai bater, quantas memórias sobrarão antes do fim, mas peço perdão pelo atraso. Saiba que faleci junto a ti, e só nego tua ida para poder adiar a minha.
Pois sou tua sombra e tua continuação.
Para sempre teu.

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