quinta-feira, 27 de agosto de 2015

manda-me.

Não quero te deixar pra lá e não quero perder um segundo de nós dois, não quero me encontrar na tua falta, não quero te faltar em vão e te poupar suspiros, é impossível! Não quero tocar-te sem sentir o mundo à minha volta desmoronar e nem beijar-te sem que o infinito pertença a esse instante. Não quero o momento, amor, se meu momento for banal. Não quero te repartir em várias e me despedaçar em dúvidas, não vou te destruir em mágoas ou te sufocar em carícias. Não te almejo minha, mas é pecado meu não almejar? Se eu não sou etéreo, que te fazes de mim com tal desprezo? Pois só nos quero ter como nos possuem as más ideias - frevorosos, mas não apaixonados - para que meus olhos cansem de olhar pro escuro, para que minha boca rejeite o veneno da calma. Quero-te presente em nós, querida, mesmo impossível em teoria... Quero nossas mágoas como quero nosso desfecho: ilógico, perigoso e paradoxal.

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