segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Paradoxo.

Tuas bochechas cabem na minha mão, e meu sonho encaixa no teu olhar. Tua história me faz rir, e teu sorriso me faz chorar. Nada do que vem faz parte do que eu tinha, e todo o nada que existia parece significar. Queria não te ver, não te ouvir, não te ler e não te ter. Quero sua existência bem longe de mim, pra não poluí-la com os meus pecados. Quero teu corpo no meu, e estar longe antes disso acontecer, pois não suportarei te desgrudar de mim, ou ficar acordado pra matar a insônia... Beber pra ficar sóbrio e comer para me sentir vazio.
Quero o querer, desejo o desejar, pulo para cima e caio para os lados. Sou maior por dentro do que por fora, menos por dentro do que por completo.
Sou um grão de areia, abraçado pelo sal das lágrimas que escorrem de volta para os meus olhos.
Te espero no passado.

Tente não demorar.

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