sábado, 27 de dezembro de 2014

Água.

Sem ti, meu soneto é poesia e meu presente é nostalgia. Sem teus lábios, minha boca seca e meu coração para. Sem teus olhos, sou invisível e, sem tuas palavras, indizível. Sem teu jeito, perco o jeito, o modo e a cor. Em tuas notas eu encontrei minha música, em teus sussurros eu encontrei meus segredos e minhas vontades. Sem teu corpo, eu perco forma, sem teu chamado eu não vou. Sem teu zelo, sou insolente. Sem teu cheiro, sou inolente. Sem teu sabor, amor, eu sou água.

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