domingo, 8 de novembro de 2015

Antes e depois do fim.

Deixa-me plantar em ti as palavras repetidas
E colher amores impossíveis dos corações incrédulos
Os sábios farão poemas das notas desafinadas que cantamos
Enquanto os tolos riem de nós e a noite avança
Deixa-me dormir ao teu lado sem pregar os olhos
E te infestar os pensamentos como erva daninha
Trocaremos passos enquanto eu te encontro
Nos olhares devastadores do tempo
E nas rugas da memória
Os livros de história falarão sobre nós à sombra das árvores
E o planeta dará seu último suspiro de esperança
Lágrimas serão derramadas entre sorrisos
Com o céu se desvaindo em cores
E a humanidade sucumbindo ao fim
Deixa-me afogando nos teus eternos lábios
Cantados por eternas vozes como lenda
Enquanto o mundo acaba.
O universo desaparecerá, amor
Todas as galáxias serão sugadas pelo negro das tuas pupilas
Mas nós permaneceremos.

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