terça-feira, 3 de novembro de 2015

botar pra fora

Abro meus olhos nessa cama
E os lençóis me engolem, dói
Acordar, meus músculos
Rasgam enquanto eu respiro
Minha garganta incha e fecha
Meu rosto contrai e muda
O chão me chama, tento gorfar
Mas eu não tenho nada pra
Colocar pra fora, nada físico
Seguro firme nos colchões da cama
Isso é só um pesadelo, penso
Fecho os olhos e abro:
Não é a mesma cama
Não são os mesmos olhos
Não é o mesmo chão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário