segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dois Olhos Mortos

Talvez na escuridão se consiga enxergar um brilho. O brilho nos meus olhos mortos, mas não destes, e sim da esperança. Talvez ela resista mesmo depois da morte, do corpo, da alma. Enfim sós, eu e minha anti-culpa. Chamo-a assim porque é exatamente o que é. É a sensação de fazer algo errado, de maneira não muito honesta ou até corrupta. A emoção que corre nas veias ao ter a sensação de que você pode ser descoberto fazendo algo que nem sua própria mente aprova. A adrenalina. Talvez seja nela que encontrei esse objetivo fútil de início, mas que se tornou aos poucos uma obsessão. Talvez seja ela que me mantém acordado agora, para enxergar o brilho. O brilho em dois olhos que viveram para encontrar a morte, e morreram para encontrar a vida. A vida desses meus dois olhos mortos; a morte.

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