terça-feira, 19 de maio de 2015

Bóreas e Aurora.

Que de Ana, Bruna e Amanda
Despertou, em mim, essa criança?
Que atingiu a minha alma branda
Ou que fez-me derramar lembrança?

(Ah! Aurora...)

De doente, não me recordo
Ter sido antes sofrido de amor
Mas hoje, quando então acordo
Percebo essa mais nova dor

(Ah! Aurora...)

Que pena fim tão previsível!
Que doce amargo essa fome!
Despertara-me do insensível
Só no som de um simples nome!

(Ah! Aurora...)

Assim te fez-me ser e sofrer
Da falta que tua voz me faz
Deixara-me a desfalecer
Me trocara por outro rapaz

(Ah! Aurora...)

Enquanto a solidão cobria
A mulher que foi, por mim, amada
Tristes foram meus bons dias
Que não me cresceram em nada

(Ah! Aurora...)

Senti-me esvaindo em pena (De mim! Por mim!)
Temi me acabar sem nós
Enquanto a esperança amena
Mudou-se do meu ser atroz

(Ah! Aurora...)

Vazias foram tais semanas
Em que não causei-te dor alguma
Tive tantas Julias e Julianas
mas de Aurora eu só tive uma.

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