segunda-feira, 4 de maio de 2015

Noite fria.

I.
Relembra-me da noite fria
No doce lar dos teus amores
De quando a sanidade esguia
Me levou a derramar torpores

II.
Relembro dos teus doces seios
Do âmago da tua companhia
Mas a paixão pelos meus receios
Dominou a escuridão vazia

III.
Bebi o amargo do vício
Tomei o meu porre de horror
E ofereci, em sacrifício
A vida do meu grande amor

IV.
Perdoa, perdoa, Aurora!
Que eu não te acabei por maldade
Eu não quis deixar-te ir embora
Eu não soube amar de verdade

V.
Tirei-te a vida, criança
Chorei-te nessa noite fria
Matei-te por insegurança
No calar da escuridão vazia

Aurora:
Eu sinto por não ter deixado
Certeza do quanto te amei
E por tanto ter-te amado
Pergunto-me onde eu errei...

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