sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sonhador de Rua.

Era uma noite escura, o frio aquecia a solidão e tumultuava os pensamentos. O chão mantinha a dignidade daqueles que se contentavam em pisa-lo somente. Pegou o fiapo de esperança e usou para conseguir dormir, cobriu-se com a fome. Sonhou com o pouco de alegria que, em sono, tinha no coração; era pedaço exposto da ferida antiga, agora suja de terra e satisfação. Acordou chorando, limpou o rosto e logo se fez calar. Não queria desperdiçar a tristeza que guardava, pois era a única coisa que ainda tinha dentro de si toda manhã.

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