domingo, 22 de setembro de 2013

Cegueira.

Estou nas mãos do destino, em um desejo irrefutável, imutável, irresponsável e inacreditável pela falta - da falta da falta - de vida. Suo a vontade de alegria, me recuso a inalar mais alguma coisa que não seja esse cigarro. Meu presente é de cinzas, meu passado de cetim e meu futuro é de ausência. Ausência do próprio futuro, talvez. (De mim?) Certo como a morte de agora, meus olhos não vêem mais a luz - ou a luz já não me vê. Minha alma é vazio infinito - se é que existe qualquer outro vazio - de um universo sem estrelas.
E o que sobra? O que existe, se não pode ser visto?
A escuridão.
A negrura da alma, do mundo.
Estou cego para o amor.
Estou morto.

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