quinta-feira, 14 de agosto de 2014

(A)ma-te-me.

Segura-me em teus braços flácidos, beija-me com teus lábios sujos de carnaval. Lambe meus colhões com tua língua seca e morde-me com teus dentes podres. Não há nada melhor que isso, amor. Senta em mim como sentou em tantos, e em tantos lugares. Chama-me de teu enquanto rio de ti, clama meu nome enquanto te fujo. Vou-me com outra, ou sem ninguém. Por tua pele não tão grotesca, por teu suor não tão viscoso, por teus repugnantes acertos, abandono-te na tua própria merda. Por não encontrar em ti suicídio, procuro-o nos excrementos da tua lembrança.
Pois repudio-te por teres me amado.

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