domingo, 24 de agosto de 2014

Silenciosamente.

O despertador não apita mais quando eu acordo.
Os pássaros já não cantam nas árvores da minha casa.
As árvores, por sua vez, já não balançam com o vento.
Foi o vento que parou de assobiar nas janelas.
E a porta da frente que parou de ranger.
A madeira parou de estalar de noite.
E eu não ouço mais os ratos correndo.
Meu cachorro já não late quando a campainha toca.
E eu nunca mais ouvi a campainha tocar.
Até a voz na minha cabeça parou de conversar comigo.
Estou tão sozinho...

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