sábado, 17 de maio de 2014

Fedor.

Tua podridão
Vai além do fedor
Que teu cabelo mal lavado
Exala

Minha repulsa
Vai além da oleosidade
Da tua pele
E das cavidades
Da tua alma
Povoadas
Pelo odor da morte

Tua infelicidade
Excedeu o limite da razão
E teu conforto inexiste
No arrastar da tua voz rouca

Saia!
Imploro-te, pelo bem de todos
Vá recostar-te
Em outros cantos
Com outros ratos
Com os que te pertencem, querida...

Teu lugar não é em nós, poetas
Pois não enfeitamos loucura
Com crueldade
E sim com amor.

Mas em ti
Nenhum enfeite funciona.

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