sábado, 21 de junho de 2014

Ilusório.

Toda essa mentira me enoja, essa falsidade me faz perder a fome. Tuas garras me arrancam a pele e exibem a dor da minha carne frustrada, velha, arrebentada pelo tempo e descamada pelas estações. Todos os truques destinam-se a me manter aqui, imóvel, enquanto tu abaixas minha calça e sugas minha essência. Como não caí no encanto, se teu efeito é letargia? Porque teus olhos de vadiagem te perseguem, menina, revelam teu paladar por sangue. Mais do que isso, tua boca te declara culpada. Ninguém tão puro beija de forma tão sutil e cruel, ninguém tão bom diz mentiras tão delicadas. Tu frustrara meus pecados, me fizera de desejo, mas passou. Tu és uma mentira no final das contas.
Ninguém existe como tu, pois tu não existes de forma alguma.
Agora suma da minha frente.
Tenho outros a subjugar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário