segunda-feira, 2 de junho de 2014

Perdoe-me!

Senhor, com todo respeito, eu conheço sua filha há tempos, e ultimamente tenho pedido a ela para que nos apresentasse (embora minhas tentativas sejam falhas e a teimosia dela seja praticamente infinita, como o senhor deve saber). Peço perdão pelas marcas deixadas no pescoço de sua criação, mas peço que não as leve a mal, pois não foram feitas a modo que envolvesse qualquer situação não puritana (e dou-lhe minha palavra). Infelizmente (como o senhor já sabe, e trato em ressaltar-lhe esses pontos simplesmente para reforçar minha lógica), a pele de sua filha, por sua brancura que tanto aprecio, tem a tendência de guardar marcas com muita facilidade, e peço perdão (mais uma vez) por meu descuido em relação a isso. Espero um dia poder transmitir-lhe cara a cara minhas sinceras intenções, de modo que o senhor possa apontar, com alegre discrepância, as diferenças entre mim e os tantos rapazes sem caráter que poderiam estar ocupando meu lugar como - se me permite o termo - namorado (e talvez futuro cônjuge!) - de nossa amada e pequena Aurora.

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