sexta-feira, 27 de junho de 2014

Vicioso.

Possui-me em teus braços de zinco, cobre-me com tuas queimaduras de primeiro grau e me corrói com teu suor. Vou envergar e contorcer na tua cama como papel faz diante das brasas do fogo. Não te intimidas, pois vomitei tua vergonha fora. Não te calas, pois roubei o teu silêncio. Tua presença faz brotar calor, então queime! Sem ti, o anoitecer seca meus galhos, o sono solidifica minhas lágrimas. Preciso-te em meu sangue, injetar-te em minhas veias, por minha existência ser teu único propósito. Foge comigo da dor, querida... Salva-me, se teu nome é heroína.

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