domingo, 5 de abril de 2015

A verdade.

Eu poderia me entregar
e implorar amores no delírio
a alguém que já me despreza

e poderia chorar em alta voz
prometendo uma bondade que
ninguém nunca vai entender.

Toda enfermidade tola enfrentada
seria motivo de choro e briga
(como foi em tantos meus passados
quando eu me ofereci à paz
e a paz cuspiu na minha cara).

Será assim que a vida funciona?
Ninguém nunca vai me devolver
todo tempo que eu perdi sendo
miseravelmente bom, mas
toda a minha malevolência vai,
eventualmente, acabar sendo
confundida com brandura?


Então foda-se esse teu amor.
Eu quero explodir pessoas.


(a)

Nenhum comentário:

Postar um comentário