quinta-feira, 30 de abril de 2015

Para o que foi perdido.

Julieta, minha aurora, minha razão de viver, eu já teria-te escrito se eu assim pudesse, bebido-te-ia e desmancharia os papéis chorosos com tanto choro derramado e coração partido! Me perdoa pela irresponsabilidade tola que foi não te amar-nos mais... Eu sou um quadrúpede primitivo dos mais lodosos pântanos de todo esse planeta, mas não te quis mal a nós, Vita Belle. Eu nos amo e nos peno por amar sozinho, e nos sofro por guardar-te de mim, mas eu não quero! Eu quero ter vivido tudo aquilo que te rodeia, ser rodeado por todos aqueles que assim te fazem, ser querido por ti e por todos. Por ti eu amarei todos os outros quadrúpedes primitivos e não mais anteciparei matá-los - como matei a mim, mon amour, quando te vi partir de mim, quando olhei-te em nós e não quis. Sente meu peito com tuas delicadas mãos e vê se eu minto. Sossega meus lábios com os teus e descansa teu corpo em nós dois pra desgastar a solidão. Você nos falta, ma petite, em cada pedaço de nós.

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