sábado, 27 de junho de 2015

Supérfluo.

(I)
Estou pensando em pequenas palavras porque são mais fáceis de serem pensadas do que as grandes. As grandes precisam ser divididas, separadas em categorias e interpretadas por um júri popular existente apenas dentro da minha cabeça, mas as pequenas não.
Deve ser por isso que eu tenho pensado demasiadamente em "nós" e esquecido de outras coisas, como nicotina.

I()I
Às vezes me sinto como um poeta morto: citado por muitos, mas nunca totalmente compreendido. Como se minha voz houvesse se esvaído com as estações e meus sentimentos tivessem sido adulterados pelo tempo. Sinto-me um fantasma da minha própria escrita, uma sombra de uma sombra de uma sombra. Nunca sou reconhecido pelos meus acertos e, ainda mais preocupante, nunca sou julgado pelos meus erros.

I)I)I)

Se eu fosse um objeto, eu não seria essencial. No máximo útil, mas nem tão útil assim. Antigamente eu pensava em ser uma cadeira, um aparelho de barbear ou um adesivo de carro, mas hoje cheguei à conclusão de que eu seria um pires. Afinal, existe coisa menos importante do que o pires?

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