sexta-feira, 26 de junho de 2015

Transtorno.

Sangra em mim esse teu cigarro, meretriz, me corrói com tua saliva pública e me faz desejar como uma vagabunda o faria. Vou esfaquear esse teu estômago sujo e furar-te até que vomites toda a dor que causaste em mim, arrancar-te o coração por cliché, morder-te os lábios até arrancá-los desse teu sorriso falso. Vou meter-me entre as tuas pernas e te ver tremer, me ver tremer dentro de ti enquanto eu gasto o último relance de desejo que eu sinto por algo tão sujo. Me purificarei na podridão, beberei da tua tragédia, viverei mergulhado nas tuas entranhas. Viverei como parasita, sugando de volta tudo aquilo que me tiraram, para renascer do sangue e despedaçar meu hospedeiro. Eu sou como um vírus, amor, e tu és um sistema doente, defeituoso, ultrapassado. Espere por algum sinal, pois não me verás chegando. Quando estiver lendo isso, querida, eu já estarei atrás de você.

Hello again.

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