domingo, 18 de setembro de 2011

Verde

Minha alma está fora do alcance do seu olhar, que desvenda cada mentira, cada falsidade e cada ironia. Esses são os olhos que fitam os meus em uma expressão de predador descobrindo cada face do meu ser, cada indivíduo dentro de mim. Esses olhos, os mais verdadeiros possíveis, não poderiam ser outros senão aqueles cuja alma por trás dos mesmos é incompleta e defeituosa, mas se encaixa perfeitamente com aquela alma dos olhos escuros e vazios. Aquela que habita o ser com mais dificuldade de falar do que de escrever, mais dificuldade de impedir do que de se juntar à causa, mais dificuldade de se afastar do que permanecer ali para sempre.
Em seus olhos.

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