domingo, 25 de janeiro de 2015

Um saco inútil de covardia revestido de lixo.

Minhas palavras secaram e minhas expressões adormeceram na imensidão da derrota. Perdi por estupidez, tolice, brincadeira de criança. Deitado, eu relembro todos os motivos pelos quais eu deixo de levantar e choro. Eu choro apesar de todos os motivos que eu tenho para não chorar. A pateticidade do meu inimigo me aflige como nenhum outro transtorno, a imbecilidade do meu flácido e fútil rival me envenena com o ódio que nenhum homem deveria sentir. Como um homem - se é que a palavra se aplica a ele - tão tonto pode se encontrar em uma posição de tamanho prestígio? Como um verme pode ser classificado como Pai se não possui o mínimo de compaixão para com sentimentos alheios? Tal monstro não merece misericórdia, merece a jaula - mas não serei eu a colocá-lo lá. Não cabe a mim, e sim ao todo poderoso Deus, aprisioná-lo no mais fétido buraco do inferno ou dar-lhe o consolo de uma eternidade em paz. Cabe a Ele julgar, não a mim. Ainda rezo, mas rezo para que morra essa tal raiva, para que o ódio não corrompa todo amor que carrego aqui. Rezo para que meus sonhos ruins não se concretizem e rezo para que meu inimigo continue por perto. Rezo para que o tempo mostre meu triunfo perante um mau tão grotesco, perante uma ferida tão funda na moral humana - ou o que restou dela.

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