quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Agosto.

Doce doce doce doce ironia
que nos outros não se substancia!
Tu entendes bem o que eu falo
pois, perante tua verdade, me calo
e dou voz ao teu grosso canto.
De tanto cinismo, me encanto:
de tanta lenda que tua boca diz,
a vericidade já não te condiz
e ficas a balbuciar novela
(lisuras pintadas em aquarela)
lamentando na cachaça amarga
os segredos que o passado guarda.
Enquanto invoco, de ti, tua ira
eu desafio-te, como traíra
a ser mais fiel ao teu encosto
do que as cartas manchadas de agosto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário